sexta-feira, janeiro 30

e, de repente, barbies sem cabeça nem me pareceu assim tão mau

porque ontem um amigo meu disse:

- eu, quando era puto, tinha uma amiga que se chamava Ana Margarete e nós brincávamos à morte da Princesa Diana...
fazíamos de conta que estávamos num carro. eu era o motorista e ela ia atrás com o Dodi e depois tínhamos um acidente e ela fazia "PUF!". e depois chagavam os paparazzi e diziam "olha! rebentou-lhe um pulmão!".
o "PUF!" era o pulmão a colapsar...

sexta-feira, janeiro 23

sim, o autocolante já vinha


"compraste o quê?! wow, isso é tipo comer pastéis de Belém feitos em Paris!", disseram-me.
sim, é mais ou menos isso.

tive mesmo de o trazer para casa!

quinta-feira, janeiro 22

ah, é isso

sempre pensei "por que raio quererá alguém ter como emprego tirar sangue às pessoas?" agora tenho para mim que é só porque essa pessoa não conseguiu ir mais longe na área da saúde. senão vejamos.

Sra do Laboratório (vulgo "miúda com ar de quem ainda devia estar na faculdade mas que, em vez disso, anda a tirar sangue às pessoas porque não teve média para entrar em medicina"):
olá! bem, és novinha! estas análises são para quê? rotina?

eu: não, é porque estou com mononucleose.

Sra do Laboratório: ah... [pega na requisição e escreve "mono". pára e olha para mim] disseste...? mono...

eu: mononucleose.

Sra do Laboratório: isso não tem outro nome ou assim?

eu: eeeeerr... não. é mesmo mononucleose.

Sra do Laboratório: ah, ok. [pausa] já agora, o que é isso?

eu: ahm.. doença do beijinho. já ouviu falar?

Sra do Laboratório: ah! sim! mas isso é muito grave? é que eu pensava que isso era tipo uma constipação ou assim. dá muitos sintomas?

eu: aaaaa... (sussinta explicação)


tipo... ela trabalha num laboratório de análises clínicas! o termo "Epstein-Barr" não lhe é familiar?? é que daí à mononucleose é um passinho!

como disse a Jane, "olha, dizias-lhe: sabe o que é o ABC da Saúde? abra no 'M'!"

terça-feira, janeiro 20

há gente com piada, há...

Senhor-Espertalhão: boa tarde, meninas. são da zona? sabem dar-me uma informação? daqui, qual a estrada para ir para Lisboa? subindo aqui há uma rotunda que dá acesso, não é?

eu: aaaaa... sim... mas indo por ali é mais fácil. segue esta rua, sobe aquela, bla bla bla.

Senhor-Espertalhão: hm, e essa estrada vai para a Malveira?

a outra senhora abordada: vai, sim.

Senhor-Espertalhão: tem a certeza? a estrada vai mesmo para a Malveira?

a outra senhora: sim, sim; tenho a certeza!

Senhor-Espertalhão: não, não vai! quem vai para a Malveira sou eu, não é a estrada!!

eu e a outra senhora: hah. haha.

Senhor-Espertalhão: 'tá boa, a piada, não 'tá??

a outra senhora: pois, está, está...

e eu penso "'tás a gozar. o raio do homem fez isto tudo para meter conversa e eu ainda me dei ao trabalho de lhe explicar o melhor caminho para a A8??"

Senhor-Espertalhão: mas pronto, ainda assim, a senhora foi generosa e tentou ajudar-me! a senhora é generosa e eu sou cómico! haha! quer dizer, sou cômico!! ["a outra senhora" era brasileira]

[risos já não tão cordiais]

eu: hm, pois.. então boa tarde...


e fugimos dali o mais depressa que pudémos, antes que ele voltasse à carga, não sem antes termos trocado um olhar do estilo "isto não acabou de acontecer, pois não?"

parabéns, Maria Inês

ganhaste o bibelot de porcelana!
mas foi renhido, hã?! com tantas participações..!

sábado, janeiro 17

ABBA, a banda sonora perfeita para "flertar" com a vizinhança

alguém me explica por que é que o "sponsored link" do Google para a pesquisa "ABBA" é, entre outros, (e isto é uma transcrição)
Solteiros Sensuais
procuras solteiros sensuais para
flertar e mais? envia sms grátis.

ou
Queres Borrachos?
envia sms grátis para conhecer as
miúdas sexy da vizinhança.


eu só queria saber em que ano se seprararam os ABBA!

quinta-feira, janeiro 15

eu achava as pipocas de microondas um desperdício de dinheiro

até hoje.

hoje cometi a proeza de esturricar uma porrada de pipocas, lixar um tacho velho e deixar a casa inabitável para qualquer pessoa com sentido olfactivo.

eu sou um perigo na cozinha...
por isso é que arranjei um namorado que cozinha tão bem.

quarta-feira, janeiro 14

devagar não é parado!

o meu computador antigo é lento, sim - demorou duas horas e meia a passar 6GB para o disco externo.

maaaas... ESTA estimativa TINHA que estar incorrecta!



ajudem-me

mais alguém tem aquele problema crónico de decorar, sem querer, as letras de todas as músicas que ouve?
é que eu hoje dei por mim a cantar isto ao almoço. e preocupa-me... muito!

sábado, janeiro 10

brilhante!

ontem passei por um outdoor que anunciava um vinho.

MONTE DO ENFORCADO
Viva com Paixão!

sexta-feira, janeiro 9

Rua Sésamo

essa série fantástica.

o sonho de qualquer criança da minha geração era ter entrado na Rua Sésamo*. mas não o meu. para mim foi um pesadelo.

sim, eu entrei na Rua Sésamo; e, acreditem, não foi bonito.

depois de meia hora no carro, a chorar porque não queria ir, lá me arrastaram até ao set e a primeira coisa que vi foi o Poupas Amarelo; mas sem cabeça.
o senhor que envergava o fato do simpático pássaro gigante segurava-a debaixo do braço, como se ela fosse uma bola de futebol.

depois, como se ter o cabelo tão curtinho que me fazia parecer um rapaz não fosse já vergonha suficiente, tiveram que me pôr um caixote debaixo dos pés, porque eu era tão pequenina que, se não o fizessem, a única coisa que viam por detrás do balcão onde íamos gravar era meia dúzia de cabelos desalinhados.

o meu papel era simples: o Poupas pedia-me uns livros e eu passava-lhos. depois, punhamo-los todos dentro de um cesto.

eu cumpri a minha parte - passei-lhe os livros de boa fé - mas, somehow, algo naquela cena se tornou incrivelmente complicado para o Poupas; tanto que, ao pegar no cesto, conseguiu acertar com ele em cheio na minha cabeça.
sabem que mais? SE NÃO ME TIVESSEM POSTO UM CAIXOTE DE FRUTA DEBAIXO DOS PÉS, O POUPAS NUNCA ME TERIA AGRDEDIDO!

terminadas as gravações, ao olhar para a parte de fora do cenário, vejo um outro senhor com a mão enfiada naquilo que, calculava eu, seriam os intestinos da Tita, a gata. não achei aquilo nada bem.

saí dali destroçada.
por isso vos digo - nunca levem os vossos filhos a coisas deste género. a intenção pode ser boa, mas, acreditem, vai correr mal.


* o buereré e o batatoon não contam. eram horríveis e TODA A GENTE lá foi, pelo menos uma vez.

ganha a melhor teoria

para a seguinte questão:


por que raio é que esta noite sonhei que uma rapariga minha conhecida se virava para mim e dizia:

tu tens é inveja do meu cabelo lindo, ruivo natural. sim, porque tu antes eras rica e agora tens a gaiola do periquito em cima da mesa da sala de jantar!

e a conversa acabou com a dita rapariga agarrada ao nariz ensanguentado - tinha-a esmurrado.



envie a sua teoria até dia 16 de Janeiro. o júri deliberará e tornará pública a sua decisão até dia 19 do mesmo mês.
a teoria vencedora receberá um bibelot de porcelana da mais alta qualidade!


(ps. pode ajudar saber que ela não tem um um cabelo bonito; tem-no pintado, não é ruiva e parece-me que vive num qualquer lugar onde neva incessantemente.
e eu nem sequer tenho um periquito.)

terça-feira, janeiro 6

incompetência, frio e caldo verde em orgia explosiva no Carvalhal

hoje estive a ouvir Linda Martini e lembrei-me de que nunca partilhei convosco a maravilha que foi o Festival Musicoeste 2007.

apesar de os conhecer pouco e há pouco tempo, quando soube que vinham ao Carvalhal (don't ask!) e dado que o bilhete para o "festival" custava €5 (e só por isto depreendem já meia dúzia de coisas), decidi ir.

chegámos por volta das 18h, porque era a hora inscrita no bilhete. - ERRO Nº1

perante um mini-planalto completamente deserto no que toca a seres humanos, um palco único, uma barraquinha de cerveja acompanhada por duas ou três roulottes de cachorros e duas tendas de aspecto artesanal, decidimos perguntar a que horas é que, afinal, aquilo começava mesmo - ERRO Nº2

Segurança #1: ah, pois... nã sei. isto tá um bocadinh' atrasado...
Nós: hm, pois. então e qual é a hora prevista para a actuação dos Linda Martini?
Segurança #1: aaaaaaa... pois, nã sei. isso deve ser lá mais pá noite.
Nós: riiiight... obrigado.
Segurança #1: dêem praí umas voltinhas!

parênteses recto: o Carvalhal é uma terra no meio do nada, com meia dúzia de casas e, que nós tenhamos visto, UM café.

depois de nos cansarmos de estar no carro a ouvir música para passar o tempo (porque nem no recinto nos deixaram entrar), arriscámos o café. comemos umas tostas na companhia de um documentário sobre a Princesa Diana.

voltámos, e apesar de continuarmos a quase conseguir ver aquelas bolas de "palha" do deserto a rolar por ali, ganhámos coragem e sacámos dos bilhetes. deviam ser umas 22h. - ERRO Nº3

perguntaram-nos se queríamos mesmo entrar, dado que, uma vez lá dentro, nos seria impossível sair e tornar a entrar. por esta altura comecei a pensar no amor que tinha àquela nota de €5 que deixara no balcão da worten, em troca do bilhete para o "festival".

por falar nisso, estão a ver os bilhetes da ticket line? aliás, estão a ver qualquer bilhete? daqueles com... PICOTADO?! dizem, não sei, que o PICOTADO tem um PROPÓSITO. mas o segurança nunca tinha visto um bilhete na vida, certamente. para dizer a verdade, não sei se o segurança teria, alguma vez, saído do Carvalhal.
o que é que ele fez? UM RASGÃO NO MEIO DO BILHETE! e disse "pode entrar."

ao fim de duas horas sentadas no chão de terra batida, a sentir o frio da noite e a conversar sobre coisas idiotas só para manter o cérebro activo, descobrimos que uma das tendas era, afinal, o palco secundário. aquele onde actuaram algumas das bandas mais "vulgares" que já ouvi (digo ouvi porque continuámos sentadas no chão).

cachorros, hambúrgueres e imperiais pelo meio, decidimos ir até um balcãozinho de bebidas brancas chamado Mojito's. pedimos um mojito. - ERRO Nº4

disseram-nos "mojitos não temos, mas posso sugerir uma caipirinha com vodka preta!". perante o nosso olhar incrédulo, o bartender explicou: bem, Mojito's é só o nome do bar. aqui não fazemos mojitos.
ah.

passado um bocado encontrámos três cadeiras velhas, abandonadas, que foram o que de melhor nos aconteceu naquela noite. as nossas costas também agradeceram.

casas de banho? em prol do bem comum, vamos saltar todo este capítulo.
animação? senhores a cuspir fogo e vinte pessoas a assistir, que é como quem diz "1/4 da plateia a assistir".

sim, éramos imensos. pelas 02h já sabia quem era amigo de quem, já sabia que Fulana de Tal tinha dormido com Beltrano e já a empregada da barraca de cerveja estava sentada em cima do balcão e os seus olhos brilhavam de felicidade quando tinha clientes.

não sei se pela falta de qualidade ou pela falta de paciência, não me lembro de ter aplaudido uma única banda.

a banda que tocou antes dos Linda Martini chamava-se Bass Off e tinha na plateia um amigo, que foi, de resto, o único a manifestar-se quando eles perguntaram: querem mais?? o que é que querem ouvir??
(importa referir, como nota de rodapé, que a letra da dita música consistia num aportuguesado "we are feeling good / with the bass off / yeeeeah!" com a pior melodia (ou falta dela!) que possam imaginar.)

um dos membros da banda fez, ironicamente, uma referência ao quão bom era tocar para um público assim. e a seguir disse "mas fiquem para ver os Linda Martini; vale a pena". e não é que o público reagiu?? nós gritámos, de longe, ainda sentadas nas cadeiras "sim, é MAIS OU MENOS por eles que ainda aqui estamos"

03.45h - Linda Martini sobem, finalmente, ao palco. pedem desculpa e agradecem aos fãs terem esperado tanto.

como praticamente todos os que tinham entrado no recinto ainda ali estavam a esta hora (e ainda que na "fila da frente" o espaço circundante a cada espectador fosse de cerca de metro e meio/dois metros), pensei "bem, este pessoal está mesmo aqui por eles!".
repensei esta posição quando o vocalista disse "agora vamos tocar A Severa. quem é que conhece esta música?" e se ouviramm duas pessoas na plateia. duas.

como sabia que a minha amiga a conhecia, disse-lhe "olha! não ouviste? é A Severa! tu conhece-la!" - ERRO Nº5.
com um péssimo timing, ela diz, embora não muito alto (mas também éramos tão poucos...), "ah! eu conheço!!" e sente 60 pares de olhos em cima dela.

e, acabado o concerto, o que é que calha bem?? um caldo verde às cinco e meia da manhã, claro!

pergunto-me se terá havido uma segunda edição do festival...

no meio disto tudo, salva-se o senhor dos cachorros quentes, que era simpático e, comigo, insultou violentamente a organização enquanto me perguntava "quer mais batatas?"

segunda-feira, janeiro 5

2009 começa bem!



e desengane-se quem pensa que isto era uma mostra de iluminações de natal para venda ou assim.
não. é mesmo só uma casa espectacularmente decorada, a caminho de sta cruz.


ps. peço desculpa pela má qualidade das fotografias, mas foi o melhor que se conseguiu dentro de um carro em andamento.